Em 2011, percorri desde Buenos Aires na Argentina, com passagem pelo Uruguai, Paraguai, Chile, Bolivia, Peru, Equador, Colombia até a Amazónia no Brasil.
Ponto alto de atraccao da Colombia. Confirma-se! Cartagena é fabulosa pelas suas muralhas que refugiam um valiosissimo patrimonio arquitectonico colonial como pela sua carga e relevancia historica de tudo o que aqui se passou como referencia fundamental e estrategico da colonizacao espanhola na America do Sul.
Depois de meses no interior montanhoso da cordilheira, finalmente o mar. Este que foi real de imaginados cenários pintados, pontificado pelo “A batalha de Cartagena das Indias” da primavera de 1741 de Luis Fernández Gordillo, de enormes e muitas batalhas navais das tantas investidas sobre esta fortificacao. Sir Francis Drake, na sua rota para a historia passou por aqui, desafiou e conquistou estas muralhas… Que agora servem de miradouro e contemplacao do horizonte “caribeño”.
As ruas antigas e mal preservadas definidas por fachadas coloniais, sujas. De noite e mal iluminada, bebados deambulam e pedem, outros ja nem se levantam. “Bifes” velhos caminham com prostitutas locais.O que deviam ser noutros tempos marinheiros e piratas. Cafes cheios sempre ao ritmo alegre – mesmo frenetico! – de musica caribeña, que os Colombianos nao prescindem por maior que seja em tantos outros aspectos a influencia norte-americana. Ninguem ignora esse ritmo, por mais subtil que seja, sempre de movimentos sedutores de puro charme corporal. Sobre um constante calor humido qualquer sitio serve para dancar, sempre a pares, que outra razao haveria para dancar?! – provavelmente pensam.
Nao é um sitio desenvolvido em que a ordem e arrumo impera. E ainda bem. Nao faria sentido neste sitio com este passado, inserido nesta cultura. Ha uma parte estupidamente desenvolvida, uma penisula que arranca da fortaleza massivamente construida com enormes e feios predios, maioria hoteis e habitacao de “luxo” que abomino. Esta afastada, deslocada, interfere na paisagem, mas nao interessa.
Cartagena fascina pelo motivo cultural e/ou boémio. O auge desta viagem.
Data: 2011