Este estudo pretende mostrar que é possível actuar de forma sustentável embora modesta, num clima e contexto tão específicos como são os da Amazónia. O desafio é claro: construir, com os recursos existentes in loco, uma habitação que enfrentasse este clima tropical, húmido e com elevadas temperaturas de dia e de noite, proporcionando ao mesmo tempo melhorias na qualidade de vida dos locais. Uma equipa de especialistas, coordenados por um arquitecto, focou-se assim nestes objectivos, dando especial atenção à térmica, à reutilização de materiais e à reduzida disponibilidade financeira.
Este ensaio acabou por resultar na conjugação de noções elementares de sustentabilidade aliadas ao fabrico artesanal (madeira) e à reciclagem de materiais (garrafas, latas, …). Painéis solares ou qualquer outra moderna tecnologia sustentável, não foram considerados pelo facto de serem muito complicados de fornecimento e manutenção técnica.
O projecto parte de uma métrica de um quadrado de seis metros que é reutilizado em sucessões de harmonias geométricas estudadas e confirmadas pela história da Arquitectura. Trata-se de um desenho pragmático que preserva a ergonomia dos espaços, reunindo vários mecanismos de eficiência e rentabilização de recursos locais em prol da optimização das condições de habitabilidade.
Local: Comunidades na floresta Amazónica
Data: 2012
Cliente: Fundação Amazonas Susentável
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Colaboração: Arq. Maria Matos Silva – Arquitectura paisagista | Eng. Mário Boucinha: Estudos de comportamentos energéticos do edifício